"Vivia agora numa equação contraditória mas cujo resultado era permanente e irracional. Amava-a. Detestava-a. Amava-a. Desprezava-a, achava-a fútil e irritante. Adorava-a.
Sentisse o que sentisse, estava fascinado por ela, desejava-a intensamente e nada lhe recusava, com medo que ela o deixasse. Nem gostava que ela viajasse sozinha, sentia uns ciúmes de morte." (José Anjos)
Começo este post com uma citação. Um excerto de um fantástico texto que encontrei neste
blog que aconselho a visitarem.
Eis que dou por mim a pensar que às vezes isto acontece. Querer ter e não ter. Não ter a certeza do que se quer. Querer algo ao mesmo tempo que se tem a perfeita noção de não ser o melhor. Ou pensar que se quer e afinal, não se quer assim tanto, nem na mesma medida.
A dúvida, o egoísmo, a posse, o medo... de perder. Serão os ciúmes sinal de amor? Será obsessão? Poder-se-á querer estar com alguém apenas por inesgotável necessidade de atenção?