"Parece que existe no cérebro uma zona perfeitamente específica que poderia chamar-se memória poética e que regista aquilo que nos encantou, aquilo que nos comoveu, aquilo que dá à nossa vida a sua beleza própria.
(...) as metáforas são perigosas. O amor começa com uma metáfora. Ou, por outras palavras, o amor começa no preciso instante em que, com uma das suas palavras, [alguém] se inscreve na nossa memória poética."
(Kundera, in A Insustentável Leveza do Ser)
(Kundera, in A Insustentável Leveza do Ser)
Nota: E vezes há em que o amor começa com uma metáfora, torna-se numa hipérbole e... termina numa antítese.
Adorei, adorei este poste. Especialmente esta parte "O amor começa com uma metáfora. Ou, por outras palavras, o amor começa no preciso instante em que, com uma das suas palavras, [alguém] se inscreve na nossa memória poética."
ResponderEliminaraw :,)
Essa parte é maravilhosa! E.. tão verdade! :)
EliminarBeijinhos.
Gostei imenso dests post-scriptum. Eu acrescentaria que o amor é uma sinédoque - em que nós nos tornamos "uma parte" do outro, para o mal e para o bem! :) Quando é para o mal, ou seja, quando o amor acaba, ficamos coxas, incompletas, perdidas...
ResponderEliminarMuito obrigada Miú! :)
EliminarE concordo contigo. Acrescentaria apenas o "temporariamente" (sendo que aqui o tempo é sempre relativo)... temporariamente coxas, incompletas, perdidas... porque felizmente, nada acontece por acaso! ;)