2 de setembro de 2012

metáforas

"Parece que existe no cérebro uma zona perfeitamente específica que poderia chamar-se memória poética e que regista aquilo que nos encantou, aquilo que nos comoveu, aquilo que dá à nossa vida a sua beleza própria.
(...) as metáforas são perigosas. O amor começa com uma metáfora. Ou, por outras palavras, o amor começa no preciso instante em que, com uma das suas palavras, [alguém] se inscreve na nossa memória poética."

(Kundera, in A Insustentável Leveza do Ser)




Nota: E vezes há em que o amor começa com uma metáfora, torna-se numa hipérbole e... termina numa antítese.

4 comentários:

  1. Adorei, adorei este poste. Especialmente esta parte "O amor começa com uma metáfora. Ou, por outras palavras, o amor começa no preciso instante em que, com uma das suas palavras, [alguém] se inscreve na nossa memória poética."

    aw :,)

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  2. Gostei imenso dests post-scriptum. Eu acrescentaria que o amor é uma sinédoque - em que nós nos tornamos "uma parte" do outro, para o mal e para o bem! :) Quando é para o mal, ou seja, quando o amor acaba, ficamos coxas, incompletas, perdidas...

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    1. Muito obrigada Miú! :)
      E concordo contigo. Acrescentaria apenas o "temporariamente" (sendo que aqui o tempo é sempre relativo)... temporariamente coxas, incompletas, perdidas... porque felizmente, nada acontece por acaso! ;)

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