13 de janeiro de 2013

"Les Miserábles": a crítica que disse tudo


Nesta semana que agora finda tive oportunidade de ir ver um dos filmes que está nomeado para os Óscares e que muita curiosidade me causava pela belíssima história que conta: "Os Miseráveis".

Sim, certo! Todos nós já sabemos que, originalmente, se trata de um musical. Todos nós sabemos também que, por isso mesmo, a música tem de estar presente mas... longe de prejudicar o argumento. Longe de impedir que se saia da sala de cinema sem um nó na garganta. Uma pessoa quer extravasar emoções, quer chorar, quer sair de lá com o coração despedaçado com a tragédia, o horror, o drama (ainda que fictício) dos outros. Afinal, para alguma coisa se pagam mais de 5 euros! Mas... nada! Nem uma dorzinha na alma. Assim se vê que até onde chega a crise.
Aqui me confesso: este filme (espantem-se!) provocou-me algumas gargalhadas. Não uma ou duas... mas o suficiente (demasiadas!) para deitar por terra as expectativas que tinha. Contrariamente ao que era suposto, foram causadas pelo excesso. As 2h30 completamente cantadas ultrapassaram o limite do razoável (os restantes 8 minutos distribuíram-se ao longo do filme, sem música, provavelmente por descuido dos actores... malvados!). Um miserável exagero, isso sim!
Confesso, que a partir de certa altura me senti envergonhada por ter pensado e agido desta forma. À excepção das cinéfilas que me acompanharam, a restante sala parecia estar agradada com o que estava a ver.
Eis senão quando encontro uma crítica fantástica. A crítica que diz tudo o que eu penso. E é isto:

“Les Misérables” tem um tom de exagero evidenciado pela cantoria constante, um tom que nunca sossega, nem nunca desaparece e, assim, nunca deixa o espectador aproximar-se, sentir intimidade com a história. Sentir a dor. Estamos permanentemente colados à cadeira, ou num sentimento de impaciência com a música ou num sentimento de enervamento por essa falta de intimidade.

E a mim, os nervos dão-me para rir.... Oops! :-(
Incontestável o empenho e talento dos actores. Para a representação, pelo menos. Inegável o esforço no canto. Ainda que muitas vezes não conseguido.
O filme está nomeado em 9 categorias para os BAFTA Awards. Estou expectante...



P.s - Caramba! é que nem um simples "Bom dia" conseguiam dizer sem cantar. Humpf!!! :-/

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